Federação de Bandeirantes do Brasil

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São Paulo

Histórico

Movimento Bandeirante: Um pouco da sua história

A história começou em Londres, na Inglaterra, em 1909, com o Lord Robert Baden-Powell, o fundador do Escotismo. Em 1907, BP (como ficou conhecido Baden-Powell), usando as técnicas que desenvolveu na guerra como tenente-coronel do exército inglês e com sua visão de vanguarda sobre educação, iniciou o Escotismo como uma “proposta para jovens que quisessem se preparar para a vida, viver aventuras e promover a paz” (BP).

Na Ilha de Brownsea, Baden-Powell promoveu um acampamento para vinte meninos e lá começou seu método de organização – o trabalho em equipe, o respeito às diferenças, o convívio com a natureza, o incentivo à liderança e à pró-atividade. Acostumado a conviver sempre com homens, pela sua experiência no exército, com surpresa BP se viu intimado a começar um novo trabalho com as meninas (irmãs e amigas dos escoteiros) que conheceram, se encantaram e também queriam participar do Movimento.

Assim, com a ajuda da irmã Agnes Baden-Powell, Lord BP não só iniciou o Guidismo na Inglaterra como foi além. Não se limitou a organizar uma versão feminina do escotismo – organizou um movimento irmão, com os mesmos princípios e métodos, e que atendia às necessidades e aos interesses das meninas da época – as Girl Guides, as meninas que abriam caminhos, que iam à frente das tropas e das pessoas.

Baden-Powell

Lord Robert Stephenson Smith Baden-Powell, filho de um reverendo da igreja anglicana, Reverendo Baden Powell, e de uma professora primária, Henrietta Grace Smith, nasceu em Londres, Inglaterra, em 22 de fevereiro de 1857. De família simples, ele, a mãe e seis irmãos passaram por privações quando o pai faleceu – e BP tinha apenas três anos.

Sua alfabetização começou em casa e foi só aos treze anos, quando conseguiu uma bolsa de estudos, que entrou para escola, a tradicional Charterhouse; sempre alegre e criativo, destacou-se na música e nas artes. E, junto com os irmãos, começou criança e se aventurar pelas florestas de Londres.

Aos dezenove anos, BP ingressa na carreira militar; em concurso, foi aprovado nas primeiras colocações e convocado para integrar a “Carga da Cavalaria Ligeira”, na Índia; como jovem oficial, era especialista em cartografia e reconhecimento de área.

Em uma de suas diligências, foi enviado à África do Sul para coletar informações dos inimigos; foi nesta viagem que conheceu os Bôeres, grupo descendente dos holandeses, e aprendeu a admirar os inimigos: “... eram muito independentes e, se tinham um trabalho a ser feito, o cumpriam, não importando quantas dificuldades encontrassem” (BP).

Por volta de 1897, na Índia, Baden-Powell começou a treinar rapazes – chamados de patrulheiros ou estafetas – nas técnicas de exploração e patrulhamento. E foi a partir desta experiência que escreveu seu primeiro livro, “Aids to Scouting” (Orientação para Patrulhar) – livro que logo fez sucesso entre os jovens interessados na exploração da natureza e na convivência em grupo. Em Mafeking, pequena cidade da África do Sul, Baden-Powell alcançou o auge da sua carreira militar; no episódio conhecido por “O Cerco de Mafeking”, defendeu a cidade da invasão dos Bôeres por 217 dias. Para ajudar neste trabalho, BP usou os meninos mensageiros, que trabalhavam em tropas, para levar mensagens e cartas de uma cidade à outra – um trabalho arriscado e essencial para o sucesso da empreitada. Por esta conquista, Robert Baden-Powell foi nomeado, em 1900, Major-General, o posto máximo da carreira militar, e alçado ao posto de herói nacional.

O Movimento cresceu tanto, que em 1910, BP compreendeu que o Escotismo seria a próxima parte de sua vida. Pediu demissão do Exército e ingressou na sua segunda vida de serviço ao mundo, por meio do Escotismo. Em 1912, fez uma viagem ao redor do mundo para contatar escoteiros em todo lugar. Em 1920, aconteceu o 1º Jamboree Mundial, onde escoteiros do mundo todo, acamparam na Inglaterra, e nomearam BP "Escoteiro-Chefe-Mundial".

Quando o Escotismo completou 21 anos, com 2 milhões de participantes, BP foi nomeado Lord Baden Powell of Gilwell, pelo Rei George V. Aos 80 anos, retornou ao Quênia, na África, com sua esposa Lady Olave. Lá ficaram, em sua propriedade, chamada PAXTU (paz para dois), onde dia 08 de Janeiro de 1941, Lord Baden Powell faleceu, aos 83 anos.

O Início

“(...) tive duas vidas: uma até ser Major-General e me aposentar... A segunda vida quando me dediquei só ao escotismo e onde fui mais feliz” (Baden-Powell).

Lord Baden-Powell era preocupado com a vida dos jovens na Londres pós-guerra e também estava disposto a transformar sua experiência numa nova proposta de convivência quando iniciou a segunda fase da sua vida. Em 1907, agrupou jovens de todas as classes sociais e organizou um acampamento experimental na ilha de Brownsea – este acampamento é considerado o primeiro acampamento escoteiro do mundo e é a marca da fundação do Escotismo.

Baseado nesta vivência e em toda sua experiência militar, BP escreve no ano seguinte o livro “Scouting for Boys”(“Escotismo para Rapazes) e descreve toda a base do Escotismo, tal como ele é praticado no mundo até hoje – a promessa escoteira, as dez leis, o sistema de patrulha e a importância do líder, o simbolismo, a vida ao ar livre e tantos outros temas.

O escotismo foi se disseminando pela Inglaterra e não demorou para que as meninas também mostrassem interesse. Em 04 de Setembro de 1909, no Palácio de Cristal onde acontecia uma reunião escoteira, um grupo de jovens mulheres, já vestidas à caráter, de uniforme e lenço no pescoço, reivindicaram a BP o direito de vivenciar o escotismo, assim como os meninos.

Assim nascia as “Girl Guides” (Meninas Guias), um movimento que teve a base do escotismo, com os mesmos princípios, mas estava de acordo com as expectativas e necessidades das meninas.

Para fundamentar o Guidismo na Inglaterra, Baden-Powell solicitou a ajuda de sua irmã, Agnes Baden-Powell que, com habilidade e criatividade ajudou a desenvolver o método do programa bandeirante, definiu o uniforme, divulgou-o na comunidade e ainda escreveu o primeiro livro sobre o tema: “O Manual das Girl Guides”. Em 1912 é fundada a Associação Inglesa das Girl Guides tendo Agnes como sua como primeira presidente.

Se Agnes Baden-Powell foi a precursora do Bandeirantismo, Olave St. Clair Soames Baden-Powell, foi sua maior entusiasta. Esposa de BP, e com uma diferença de idade de 32 anos (ela tinha 23 e Baden-Powell 55 anos quando se conheceram e se casaram), Lady Olave foi a primeira chefe mundial do Movimento Bandeirante e a grande responsável pelo seu fortalecimento e por sua expansão.

Primeira presidente do Comitê Internacional do Movimento, Olave Baden-Powell foi também a responsável pela organização e fundação da Associação Mundial de Bandeirante – WAGGGS (World Association Of Girl Guides and Girl Scouts).

História de Olave

Olave St. Clair Soames, que mais tarde se tornaria Lady Olave Baden Powell nasceu em 22 de Fevereiro de 1889, na Inglaterra.

Seu pai Harold Soames e sua mãe Katherine Hill tiveram mais dois filhos, um menino chamado Arthur e uma outra menina chamada Auriol, quando nasceu Olave, puseram este nome porque esperavam um filho homem que se chamaria Olaf. Apesar de sua saúde precária nos primeiros anos, o contato permanente com a natureza e sua vida ordenada a transformou numa jovem sadia e alegre, forte e com uma incrível energia. Nunca foi para colégios ou centro superiores mas foi educada por instrutores que eram parte da família.

Sempre se interessou por música e tocava violão muito bem. Durante anos praticou rodeada de seu esposo e seus filhos, mas seu trabalho não lhe deu tempo para aperfeiçoar. Olave foi uma grande interessada em esportes, praticou tênis, remo, patinação, montava a cavalo, andava de bicicleta e quando estava cansada conduzia carruagem e automóvel. Quando jovem apesar de sua vida cheia de atividades, repleta de afazeres; sentia um grande vazio, queria ser útil e poder servir aos demais. Por ser muito jovem não a aceitaram na escola de enfermagem o que a fez desistir de seguir alguma carreira.

Olave achou que a vida da sociedade de sua época era bastante monótona e, por isso, resolveu dedicar-se aos meninos inválidos, que ela recolhia em Bornemouth, onde cuidava deles.

Em 1912, embarcou com seu pai no navio "Arcadiam", rumo às Índias Ocidentais. Neste navio também viajava Lord Baden Powell, que mesmo com seus 55 anos, não impediu de descobrirem diversas afinidades, eram as mesmas ideias e aspirações. Quando deixaram a Jamaica, Olave e Robert estavam noivos e em Outubro de 1912 casaram-se. Foram passar sua Lua-de-Mel na África, iniciando uma vida comum, enriquecida por 3 filhos: Peter que nasceu em 1913, Heather em 1915 e Betty em 1917. Entre todas tarefas de casa, educação dos filhos e ajuda pessoal ao marido, Lady transformou-se em sua secretária.

Neste ano, já havia Grupos Bandeirantes, na Inglaterra, e sua Presidente era Agnes Baden Powell, irmã de BP. O Movimento Bandeirante tinha uma grande necessidade de dirigentes e coordenadores, e por isso Lady Olave ingressou no Movimento, em 1914. Em 1916, devido aos seus grandes esforços, foi nomeada Comissária-Chefe. Nesta época a Inglaterra atravessava uma época difícil, pois a guerra impedia que fossem realizadas muitas atividades Bandeirantes, havia muita preocupação. Os poucos grupos ativos de Bandeirantes dedicavam-se aos primeiros socorros, emergências e serviços.

Em 1918, foi nomeada Chefe-Bandeirante da Grã-Bretanha, neste mesmo ano foi impresso o primeiro exemplar Bandeirante, dirigido às meninas (Girl Guiding).

Em 1919, querendo difundir o Bandeirantismo em nosso país, escreveu uma carta às mulheres brasileiras, que foi trazida pelo Sr. Barclay (amigo de BP) e entregue ao Sir Henry Lynch, que entregou esta carta a sua mãe, Sra. Adele Lynch, que promoveu uma reunião em sua casa, dando início ao Movimento Bandeirante no Brasil.

Confira aqui a carta na íntegra da Lady Olave Baden-Powell ao Sr. Barclay.

Naquela época em muitos países já havia Bandeirantes e Fadas, por esse motivo foi necessário criar um comitê específico que pudesse manter a comunicação permanente com todos os países, intercambiando correspondência, notícias, relatórios, necessidade. Lady Baden-Powell contou com a colaboração de várias mulheres, não só em seu país, todas elas ativas dirigentes, comissárias, como também encontrou respostas favoráveis nas amigas que tinha fora da Inglaterra. Ela aceitou ser a Primeira Presidente deste Comitê e a curto prazo conseguiu formar outro fora do país que se encarregava dos grupos de meninas e jovens, cujos pais residiam em outros continentes. Foram estes órgãos, que deram a base para a existência do que hoje conhecemos como Bureau Mundial e Associação mundial de Bandeirantes, cuja sede é em Londres, Inglaterra.

No ano de 1930 foi eleita Chefe Mundial das Bandeirantes, título pessoal que lhe foi conferido na Conferência Mundial, em agradecimento pelo muito que fizera em prol do Bandeirantismo, e que não será dado a mais ninguém. O ano de 1930 foi escolhido para a celebração da maioridade do Movimento. Durante as comemorações sua Majestade, o Rei George V, conferiu-lhe o honroso título de "Dame Grand Cross of British Empire". Durante anos, acompanhou seu marido em suas viagens, deixando uma sementinha do Bandeirantismo em cada lugar que passou, Em 1937, a saúde de BP começou a enfraquecer, e juntos decidiram moram no Quênia, África, na propriedade chamada PAXTU (paz para dois).

Nestes anos ela se dedica a cuidar de seu esposo, recopiar escritos e pinturas, atender correspondência e receber visita de filhos, amigos, muitos deles vindo de longe somente para vê-los. Em 8 de janeiro de 1941, falece Lord Baden-Powell, e foi enterrado no mesmo lugar em que viveu seus últimos anos. Lady Baden-Powell permanece no Kenya, respondendo ao correio permanentemente e colocando em ordem o legado de seu esposo.

No próximo ano decide retornar a Londres onde a chamam para voltar a tomar conta do Movimento e nesta ocasião a colaborar também com Boy Scouts; tem a agradável surpresa de ser instalada em um apartamento no palácio de Hampton, pelos reis da Inglaterra.Acabada a guerra, visitou todos os países que sofreram ataques; foi nesta época que teve a alegria de ver as construções dos Centros Mundiais.

Em 1959, veio ao Brasil, aos 70 anos de idade. Passou os últimos dias de sua vida em um apartamento em Londres, recebendo visitas e diversa condecorações. Lady Olave faleceu no dia 25 de Junho de 1977. A sua solicitação foi de não enviar flores, nem presentes na hora de sua morte, gostaria de receber a alegria que "semeasse" o fundo especial para a construção da sede da WAGGGS, que quando terminada foi batizada como Centro Olave.

No Brasil

Em 1919 o cenário no Brasil era de pós-guerra – mudanças de costumes e valores propiciavam à mulher novas formas de se mostrar ao mundo. E o Movimento Bandeirante foi uma delas.

Através de uma carta enviada de Londres por Lady Baden-Powell, senhoras da alta sociedade carioca se organizaram e logo formaram o primeiro Conselho Diretor da Associação Girls Guides do Brasil – May e Alexander Mackenzie, Adéle Lynch, Anita Eugênio de Barros, Monsenhor Rangel e o Senador Mozart Lago foram alguns dos personagens que começaram a escrever esta história no Brasil.

Afirmam que o nome principal deste início foi o de Jerônima Mesquita, nomeada a primeira comandante-chefe nacional. Enfermeira, atuou na Primeira Guerra Mundial, contribuiu para a fundação da Cruz Vermelha no país e em tantos outros movimentos de proteção e auxílio à mulher. Seu nome ainda hoje é vinculado às grandes correntes feministas desta fase no Brasil.

Por ter conhecido os Movimentos Escoteiro e Bandeirante enquanto estava em Londres, se empenhou nesta que era uma proposta pioneira no país pois “era quase um escândalo um grupo de mulheres se uniformizar e se reunir para atuar em um Movimento”(Jerônima Mesquita).

E foi Jerônima quem solicitou ao professor Jonathas Serrano um nome nacional às Girl Guides – e assim surge o nome Bandeirante. Pioneiras, desbravadoras, as que vão à frente e abrem caminhos, as Bandeirantes seguem a ideia original de BP (Guides também são aquelas que abrem caminhos para os outros). Em 13 de agosto de 1919, as onze primeiras Bandeirantes fazem a promessa no Brasil e assim começa a história de uma das mais antigas e respeitadas instituições de educação não-formal para crianças e jovens no país.


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O Fortalecimento

Os anos que se seguiram foram de consolidação do Bandeirantismo no Brasil. Respeitando as tradições da época, as Bandeirantes, mesmo querendo aprender sobre primeiros socorros, higiene infantil e cuidados com a casa, já participavam de acampamentos e da vida ao ar livre, quando partiam em acampamentos e atividades que desafiavam os modelos femininos exigidos pela sociedade.

Fatos pontuais e relevantes marcaram a história do MB (Movimento Bandeirante) nos primeiros 40 anos de história – a inauguração da primeira sede exclusivamente bandeirante em 1927; a realização da I Semana Bandeirante, em comemoração aos 10 anos de fundação do MB no Brasil em 1929; o primeiro Acampamento Nacional, em 1933; a ajuda aos náufragos da II Guerra Mundial entre 1942 e 1945; a realização da 16ª. Conferência Mundial em Petrópolis (Rio de Janeiro), em 1957; e em 19 de Março de 1959, com a presença do presidente da República, Juscelino Kubitschek, a inauguração da Sede Nacional das Bandeirantes do Brasil, em prédio doado pelo governo federal.

A partir da década de 60, constatou-se uma grande reformulação do MB nacional – “a Federação de Bandeirantes do Brasil foi pioneira em educação ambiental e trabalhos com comunidade realizados por jovens”. Porém, a mudança mais determinante foi o início do trabalho com a coeducação; em mais uma edição do Intercâmbio Nacional de Guias, realizado em Manaus, em 1969, os Guias prestaram serviços de saneamento, recreação infantil, saúde e alfabetização de crianças e adultos em associações de moradores – foi o primeiro evento Nacional com a participação de ambos os gêneros.

Guerras mundiais, preconceitos, mudanças na política, ditadura, discriminação – nada disso foi empecilho para o fortalecimento do Movimento no país. Mesmo com alguma variação no número do efetivo de Bandeirantes, o que se viu – e o que se constata ainda hoje – é um movimento forte, idôneo e um dos mais importantes aliados na educação de crianças e jovens brasileiros.

Em 2009 o Movimento Bandeirante completou 90 anos de fundação no Brasil e 100 anos de fundação no mundo – nesse tempo, muita coisa mudou: formas de trabalho, abrangência, projetos, mas a Missão do MB continua forte e inalterada: “Ajudar crianças, adolescentes e jovens a desenvolverem seu potencial máximo como responsáveis cidadãos do mundo”.

Em São Paulo

Em 1923 foi fundada, em São Paulo, a primeira companhia de Girl Guides, ligadas às bandeirantes da Inglaterra e nela havia muitas estrangeiras. Em 1925 fundou-se o primeiro grupo das Brownies (fadas) e em 1940 já eram duas companhias de Girl Guides.

Em 1938 os estrangeiros foram proibidos de se organizarem e então elas resolveram fundar uma Associação própria que depois, por causa de alguns problemas, pensaram em se juntar ao escotismo, mas estava muito difícil. Receberam então um convite da Federação de Bandeirantes do Brasil e fundaram o Distrito Piratininga.

No dia 19 de outubro de 1942 foi realizada (na Alameda Santos, 1405) a primeira reunião que deu iniciou à Região de São Paulo. As participantes formaram um grande círculo e cantaram o Hino Nacional e suas atividades, primeiramente, aconteciam em sedes cedidas e provisórias.

Nos anos 50 a sede regional se estabeleceu em seu primeiro imóvel próprio na Praça da República, nos anos 70 o imóvel foi vendido e a sede mudou-se para a Rua Marina Cintra em Pinheiros. Durante esse período, Oscar Americano doou para a região um terreno no Morumbi onde foi construída uma sede de apoio que depois foi alugada e a sede principal foi para a Avenida Rebouças, onde permaneceu por 20 anos. De 1995 a 2019, a sede esteve na Rua Ministro Sinésio Rocha na Vila Madalena. Após sua venda a sede passou um breve período no Conjunto Nacional na Avenida Paulista e agora voltamos para o bairro de Pinheiros, na Rua Irmão Lucas, 138.

Em 1942 vieram Bandeirantes do Rio de Janeiro para iniciar o Movimento em São Paulo. No começo eram quase só meninas de classe média alta e alta dos colégios religiosos. As Bandeirantes tinham sede na Igreja da Consolação e ali foi feita a primeira promessa de São Paulo. Depois foram para um andar no Mappin na Rua Xavier de Toledo (um andar quase que inteiramente vazio, onde deveria funcionar uma creche). O Movimento tinha uma forte influência da Igreja Católica – as bandeirantes participavam da missa mensal na Igreja da Consolação e entravam com bandeiras e cantavam durante o culto.

Dois distritos faziam parte da região: Piratininga e Santos e logo depois o Distrito Jaraguá e o Internacional (de bandeirantes estrangeiras). Em 1959 o Distrito Avanhandava passou a integrar o Movimento Bandeirante, eram Bandeirantes Israelitas que acabaram por mudar uma norma Bandeirante onde todas tinham que ser cristãs. Vários distritos começaram as ser aberto no interior: Campinas, Botucatu, Presidente Prudente.

Em 1959 Lady BP visitou o Brasil e veio a São Paulo por três dias, houve um grande evento no ginásio do Ibirapuera com a participação dos escoteiros. A região continuou crescendo e levando o Movimento Bandeirante por todo o estado de São Paulo.

Histórico dos Presidentes e Coordenadores Estaduais

Ano Presidente Coordenador
1942 Maria Luiza Miranda Villares e Presidente Honra Anita Costa Edith Porchat Queiroz Matoso
1945 Carolina Penteado S Telles – Pres. Honra Edith Porchat Queiroz Matoso
1953 Lisah Homem de Mello Lucia Machado Kawall
1956 Avelina Salles Haynes e Elisa Maria Homem de Mello Ana Maria Lobo
1960 Zuleika Castro Prado Oliveira Ana Maria Lobo
1964 Vera Waller de Oliveira Maria Helena Monteiro de Barros
1966 Dora de Paula Souza Ferraz Helena Cruz Villares
1968 Dora de Paula Souza Ferraz Maria Helena Monteiro de Barros
1970 Terezinha Fram Valda Bernardes Souza
1971 Terezinha Fram Maria Christina Amaral Escobar
1972 Ruth de Barros Pimenta Marly Alves de Araújo
1976 Julieta Berlinck Vaz Ana Maria Soares de Camargo
1978 Gisela do Val Ana Maria Soares de Camargo
1980 Helena Modica Martinho Marta Doneux Brunetti
1982 Leonor A. de Carvalho Marta Doneux Brunetti
1984 Lina Cruz Secco Sônia Gonzalez Bin
1986 Maria Cristina Figueiredo Sônia Gonzalez Bin
1988 Maria Cristina Figueiredo Ana Maria Soares de Camargo
1990 Maria Victória de Paula Souza Aline Maria Tavares Bueno
1992 Maria Cristina Figueiredo Célia de Cássia Moura
1995 Marisa Garilli Lais Varella Sintoni
1997 Marisa Garilli Renata Akiyama
2001 Gladys Strommer de Farias Daniella Azzoni Avino
2004 Gladys Strommer de Farias Maristela Marino Santos
2007 Cláudia Varella Sintoni Maria Alexandra Fiod da Silva Loureiro
Paula Hilst Selli
Renata Monier
Vera Lucy Dishtchekenian
2010 Aline Maria Affonseca Pereira de Queiroz Bruna Anastácio Américo Reis
Célia de Cássia da Silva Moura
Monica Vivian Ermelinda Ingrid Vaders Mora
Vera Lucy Dishtchekenian
2012 Shirlei Cascales Cecília Seravalli
Patricia Marcondes da Silva
Caroline Wenzel Florindo
2015 Shirlei Cascales Monica V I E Vaders Mora
Caroline Wenzel Florindo
Bruno de Arruda Cunha
Thomas Alexander Lohaus
2018 Paula Gobbis Patriarca Amanda Herrera
Luiza Araújo von Winckler
Mariana Boyanoski Borba
Ricardo Albiero Zanon
Rafael Gustavo de Almeida
2022 Maria Fernanda Cruz Martins Giacchetti Barboza Adriana Rodrigues
Gabriela Cortiz
Giuliana Gaino
Lucas Dias
Beatriz Amparo